sábado, outubro 29, 2016

O que ganhamos quando envelhecemos?

Hoje dei por mim a pensar nisto... e sinceramente, prefiro o termo "crescemos".
Ganhamos sabedoria, não daquela enciclopédica, mas a que nos faz lobrigar à distância, métrica e temporal, os oportunistas que, quais lapas, se agarram ao que estiver à mão, tal como os náufragos. Umas vezes resulta, acham eles, e durante algum tempo lá se alcandoram aos lugares que lhes dão uns minutos (ou meses...) de (vã) glória, sem se darem conta que andam na corda bamba e que dela caem inúmeras vezes, tantas que já nem dão por isso.
Ontem encontrei alguns.
Hoje, por força da leitura que sou obrigado a fazer por causa do desgraçado processo do rato-preto da Berlenga, descobri mais uns quantos. Daqueles que acham que o lugar a que chegaram lhes permite confiar nalguns bajuladores que os rodeiam, sem se darem conta que entraram num buraco do qual não conseguem mais sair.
A vida permite-nos crescer e aprender. Aprender com paixões e desilusões, quantas vezes resultado daquilo a que chamamos "orgulho" que não nos permite arrepiar caminho. mas sobretudo a vida só nos ensina porque é um processo cumulativo de experiências.
Ontem e hoje aprendi mais um pouco.
Ontem e hoje cresci mais um pouco.
Será isto envelhecer?

sexta-feira, setembro 23, 2016

Amigos, esta segunda-feira vamos (tentar) debater com os promotores do projecto Life+ Berlengas.

Compareçam e façam ouvir a vossa voz, seja de apoio ou de repudio.




segunda-feira, agosto 15, 2016

O crime continua impune!

Aproxima-se um momento crítico que urge combater, quer pela opinião pública quer pela justiça. Por este título retirado do projecto Life Berlengas, pode ver-se como se procurou e conseguiu enganar quem concede financiamentos: Nunca, ao longo de todo o projecto e nas justificações para a sua apresentação, há qualquer referência a estudos realizados na Berlenga sobre a predação dos mamíferos (coelhinho, viraste carnívoro).
Um embuste que está a colocar em causa a estabilidade de um ecossistema. A referência a Thibault (1995) cai do céu aqui e para um incauto até parece que se está a referir à Berlenga.
Tudo se resume a uma frase: "vamos actuar na Berlenga antes que haja problemas, como noutras ilhas do mundo, apesar de ainda não haver na Berlenga!" Como é que se pode ter descido a este nível e o ICNF ser conivente? A quem entregámos a gestão da nossa biodiversidade, Senhor Ministro?

sexta-feira, outubro 23, 2015

O rato-preto e a genética

Ora boa noite!

Estava eu ontem a conversar com quem também se preocupa com o que querem fazer à Berlenga, quando me sopram o seguinte: "mas se os estudos de DNA que dizem que andam a fazer demonstrarem que o rato-preto da Berlenga é igual ao do continente, já se podem matar todos, não é?"
Infelizmente ouvem-se coisas destas em jovens que estudam biologia.
Esclareçamos também a opinião pública para o seguinte, admitindo que estão a fazer estudos de DNA a sério: o que é de esperar, o que será NORMAL é que os DNA do rato da ilha e do continente não revelem nada de especial! Afinal o bicho só estará na ilha, no máximo, há 1700 anos, tempo manifestamente insuficiente para o isolamento genético ter feito das suas.
Repito, é o que se espera, e isso também a SPEA sabe e com isso quer jogar, pois se consegue iludir estudantes de biologia (finalistas) muito mais facilmente (julgam eles) ilude o cidadão comum ou um tribunal qualquer.
Perguntem à SPEA se está disposta a deixar que quem sabe faça estudos de etologia na população, onde aí sim será previsível obter dados importantes, até pelas observações existentes.
De qualquer forma, diferentes ou não, isso pouco importa: o que é verdadeiramente o cerne da questão é saber se o rato-preto está ou não a interferir com a população de pardela. Porque se não estiver, como aliás a SPEA afirma, contradizendo-se, tudo isto é um disparate dispendioso de que alguém vai ter que prestar contas.
E este é que me parece ser (É) o real problema...